Gira, deixa a gira girar
Confira a nota curatorial e desça a página para conferir as obras.
“A vida do ser humano é um processo contínuo de transformação, um ir ao redor e ao redor”
À luz da cosmologia bantu-kongo traduzida pelo filósofo e músico Tinganá Santana, a programação da
Edição Especial da OHUN - Mostra de Cinema Negro de Pelotas amanhece e se põe em quatro sala-sóis:
Sol Musoni - o ir para todos os começos, Sol Kala - o de todos os nascimentos, Sol Tukula - o que cria o passado no futuro circunscrito, e Sol Luvemba - o que a morte antecede o despertar.
A vontade de se aproximar cada vez mais das ciências e tecnologias ancestrais africanas nos impele a remar reflexões atravessando o Atlântico, buscando novas interpretações da nossa existência para além da fronteira da colonização e do trauma brasileiro.
O pensamento curatorial marcado desde a inauguração da mostra, pelo encontro com as espiritualidades afro diaspóricas nos move em direção à uma grande Gira-Biografia.
A OHUN saúda e pede benção às Estéticas Macumbeiras e Resplandecentes de Castiel Vitorino Brasileiro, Milena Manfredini, Ventura Profana e Joãosinho da Goméa. Através da música, do canto e do batuque a nossa VOZ se amplifica e rasga o tecido entre o cinema,
o audiovisual e as múltiplas formas de arte e se transborda para o além da imagem e do discurso.
Estamos vivos, e celebrar a vida é um ritual essencial para a permanência dela.
sol musoni
